PAIXÃO

Sozinha, no silencio do meu quarto,
sinto o cheiro do teu corpo,
abro os olhos,
as lembranças vem surgindo,
lentamente ...
como se tivessem medo de aparecer.

Então, o coração começa a bater,
em sintonia com a memória
como se de uma música se tratasse.
Uma sinfonia cheia de sentimentos,
oprimidos, reprimidos,
desesperando por liberdade.

Revivo o passado,
quando tu estavas aqui,
a boca sôfrega de paixão,
respirar ... não era necessário,
tu és o ar que preciso.

Os teus dedos deslizam lentamente,
provocam-me arrepios,
provocam-me suspiros.
Olho-te nos olhos sem falar,
e então tu entendes tudo o que penso.

Abraças-me forte ... mesmo forte,
sinto todas as linhas do teu corpo pulsar.
E é aí que me rendo
e entrego-me e deixo-me levar
nesta louca paixão.

Anabela